O famoso romance de
Theodore Dreiser teve o apropriado título original “Uma Tragédia Americana”. Foi
adaptado para o cinema (pela segunda vez) como “Um Lugar ao Sol” como se o eixo
da história fosse a luta do pobretão George Eastman (Montgomery Clift) para
ascender profissional e socialmente. O filme revela-se um melodrama com tons
noir narrando como o protagonista se empenha, menos para ser alguém na vida,
mas sim para se livrar da incômoda situação de ter engravidado Alice (Shelley
Winters) uma colega de fábrica. O meticuloso diretor George Stevens acerta ao
desenvolver a relação dos dois imprudentes jovens mas deixa a desejar quanto à
inconvincente e repentina paixão entre Eastman e a bela e rica Angela Vickers (Elizabeth
Taylor). A tensão aumenta quando Alice vê sua vida semidestruída e força
Eastman a se casar com ela. Porém seu lado ingênuo reaparece e ela aceita o
inusitado passeio de barco num lago ermo, propício para um afogamento. Sem
querer querendo Eastman vê Alice cair do barco e se afogar com a tragédia
americana tomando forma com sua condenação à morte. Este cultuado drama mantém
seu interesse acima de tudo pela estupenda atuação de Montgomery Clift e pela
estonteante beleza de Elizabeth Taylor em seu primeiro papel sério. Shelley
Winters retrata bem a moça aborrecida e infeliz, enquanto Raymond Burr dá uma
aula de representação exagerada chegando a ser patético. 7/10
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