quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

UM LUGAR AO SOL (A Place in the Sun), 1951


O famoso romance de Theodore Dreiser teve o apropriado título original “Uma Tragédia Americana”. Foi adaptado para o cinema (pela segunda vez) como “Um Lugar ao Sol” como se o eixo da história fosse a luta do pobretão George Eastman (Montgomery Clift) para ascender profissional e socialmente. O filme revela-se um melodrama com tons noir narrando como o protagonista se empenha, menos para ser alguém na vida, mas sim para se livrar da incômoda situação de ter engravidado Alice (Shelley Winters) uma colega de fábrica. O meticuloso diretor George Stevens acerta ao desenvolver a relação dos dois imprudentes jovens mas deixa a desejar quanto à inconvincente e repentina paixão entre Eastman e a bela e rica Angela Vickers (Elizabeth Taylor). A tensão aumenta quando Alice vê sua vida semidestruída e força Eastman a se casar com ela. Porém seu lado ingênuo reaparece e ela aceita o inusitado passeio de barco num lago ermo, propício para um afogamento. Sem querer querendo Eastman vê Alice cair do barco e se afogar com a tragédia americana tomando forma com sua condenação à morte. Este cultuado drama mantém seu interesse acima de tudo pela estupenda atuação de Montgomery Clift e pela estonteante beleza de Elizabeth Taylor em seu primeiro papel sério. Shelley Winters retrata bem a moça aborrecida e infeliz, enquanto Raymond Burr dá uma aula de representação exagerada chegando a ser patético. 7/10





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