sexta-feira, 9 de agosto de 2019

SEM DESTINO (Easy Rider), 1969


Há filmes que não se tornam clássicos, mas sim ‘marcos cinematográficos’. Este é o caso de “Sem Destino”, realizado fora do controle dos grandes estúdios ao custo de 400 mil dólares e que arrecadou em seu primeiro ano de exibição mais de 60 milhões de dólares no mundo todo. Tal fato jamais havia acontecido antes ou tornou a se repetir e esse extraordinário sucesso de público deve-se ao filme dirigido por Dennis Hopper responder, como nenhum outro, ao questionamento da juventude dos anos de Woodstock, Vietnã, hippies e ao sistema opressor. Tudo com os dois protagonistas (Capitão América/Peter Fonda e Billy the Kid/Dennis Hooper) viajando de Los Angeles para New Orleans em suas reluzentes motos estilizadas (Harley Davidsons dos tempos de “O Selvagem”). Durante a longa jornada conhecem norte-americanos de todos os tipos, entre eles os que usam da violência gratuita por não suportar quem é diferente deles. “Sem Destino” não inventou a contracultura, mas foi uma obra de extrema felicidade ao falar de drogas, sexo, rock (em toda trilha sonora) e do sonho de liberdade. Fonda e Hopper são os atores principais, mas é Jack Nicholson, na meia hora em que está em cena, que domina o filme não só com sua magnética presença mas pela brilhante performance como o advogado que vê a vida de modo muito particular e pela filosofia sincera que encerra em suas palavras. 9/10




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