A vida de Joana D’Arc já
havia sido levada às telas inúmeras vezes quando Ingrid Bergman se associou ao
produtor Walter Wanger e ao diretor Victor Fleming para produzir esta
superprodução. Resultou num filme de 145 minutos que não obteve o sucesso
esperado, tendo então sua duração reduzida para 100 minutos, que é a cópia mais
conhecida. Conta como a jovem camponesa teve papel preponderante na luta pelo
Reino da França, durante a Guerra dos 100 Anos. Desde adolescente Joana (Ingrid
Bergman) ouve vozes que mais tarde lhe indicam que deve ajudar o Delfim (José
Ferrer) na disputa pela coroa francesa contra os ingleses. Joana lidera o
exército francês transformando iminente derrota em vitória sobre os ingleses. A
Igreja Católica alia-se aos britânicos e Joana é denunciada como herege e por
prática de bruxaria, sendo condenada à fogueira. Esta bem produzida versão tem
seus pontos altos na fotografia que contou com a colaboração do extraordinário
Winton C. Hoch, recebendo o Oscar de Cinematografia (ganhou também o de
Costumes) e na luminosa interpretação de Ingrid. Aos 33 anos a atriz sueca
interpreta Joana que tinha apenas 19, mas envolve de tal forma o espectador que
ele nem se atenta a esse detalhe. José Ferrer é o afetado e inescrupuloso
Delfim num elenco com muitos atores e destaque ainda para Ward Bond. Quem
quiser ver não só a história, mas também a alma da heroína francesa deve
assistir “O Martírio de Joana d’Arc”, de Dreyer. 7/10
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