quinta-feira, 25 de abril de 2019

JOANA D’ARC (Joan of Arc), 1948


A vida de Joana D’Arc já havia sido levada às telas inúmeras vezes quando Ingrid Bergman se associou ao produtor Walter Wanger e ao diretor Victor Fleming para produzir esta superprodução. Resultou num filme de 145 minutos que não obteve o sucesso esperado, tendo então sua duração reduzida para 100 minutos, que é a cópia mais conhecida. Conta como a jovem camponesa teve papel preponderante na luta pelo Reino da França, durante a Guerra dos 100 Anos. Desde adolescente Joana (Ingrid Bergman) ouve vozes que mais tarde lhe indicam que deve ajudar o Delfim (José Ferrer) na disputa pela coroa francesa contra os ingleses. Joana lidera o exército francês transformando iminente derrota em vitória sobre os ingleses. A Igreja Católica alia-se aos britânicos e Joana é denunciada como herege e por prática de bruxaria, sendo condenada à fogueira. Esta bem produzida versão tem seus pontos altos na fotografia que contou com a colaboração do extraordinário Winton C. Hoch, recebendo o Oscar de Cinematografia (ganhou também o de Costumes) e na luminosa interpretação de Ingrid. Aos 33 anos a atriz sueca interpreta Joana que tinha apenas 19, mas envolve de tal forma o espectador que ele nem se atenta a esse detalhe. José Ferrer é o afetado e inescrupuloso Delfim num elenco com muitos atores e destaque ainda para Ward Bond. Quem quiser ver não só a história, mas também a alma da heroína francesa deve assistir “O Martírio de Joana d’Arc”, de Dreyer. 7/10




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