segunda-feira, 29 de abril de 2019

CRY BABY (Cry Baby), 1990


John Waters tem muitos admiradores e seus filmes “Pink Flamingos” e “Polyester”, ambos estrelados pelo performer Divine, se tornaram cults mesmo rotulados de escatológicos. Com “Hairspray”, também com Divine, John Waters amenizou sua irreverência e conquistou um público ainda maior. Em seguida ele dirigiu “Cry Baby”, na mesma linha do anterior, ou seja, ambientado (sempre em Baltimore) e nos tempos ingênuos do rock’n’roll. “Cry Baby” (Johnny Depp) é um jovem transviado por quem Allison (Amy Locane) se apaixona. Ela pertence ao high society da cidade e sua vigilante tia (Polly Bergen) faz o possível para impedir o romance. Tudo que já se viu em filmes do gênero, corridas mortais com automóveis a la “Juventude Transviada” e Cry Baby preso como Elvis em “Prisioneiro do Rock”, além de brigas entre jovens, acontece ao som de muitos rocks e baladas românticas. O final é o mais água com açúcar que Waters pode conceber e a sátira é divertida, sem ser brilhante. Há poucos rostos bonitos como os de Sandra Dee e Troy Donahue (que tem pequena participação) pois Waters prefere personagens bizarros interpretados por gente como Iggy Pop, Willem Dafoe, Susan Tyrrell e a inacreditável ‘Cara-de-Machado’ Kim McGuire. Joe Dallesandro interpreta um... pastor. Johnny Depp ainda não era o astro que se tornou e quem rouba o filme todo é a maravilhosa Polly Bergen, muito bonita aos 60 anos. 7/10



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