domingo, 30 de setembro de 2018

UM HOMEM CHAMADO CAVALO (A Man Called Horse), 1970


Elogiado quando de seu lançamento pela autenticidade com que mostrava a cultura Sioux, este filme foi muito criticado pelos movimentos pró-índios por retratá-los como seres extremamente cruéis. Uma das inverdades que apresenta seria o costume Sioux de abandonar seus velhos desamparados, deixados para morrer de fome e de frio. E mais ainda o irreal ritual da cerimônia do ‘voto do sol’ na qual deve o guerreiro provar sua coragem submetendo-se a bárbara tortura. Por esse castigo passa um aristocrata inglês que durante uma caçada em terras indígenas é capturado pelos Sioux e tratado como animal de carga. Consegue ele provar sua coragem e ganha o respeito da tribo ao liderar os guerreiros atacados pelos índios Pawnees, tornando-se chefe Sioux. Os índios de “Um Homem Chamado Cavalo” se expressam em Lakota, antecipando “Dança com Lobos” mas a presença de muitos atores não-índios roubam a pretensa autenticidade. Richard Harris é o inglês que respeita os nativos e passa a ser por eles respeitado num tipo de personagem que repetiria diversas vezes, inclusive nas duas continuações que este western teve. Harris deixa saudade de sua magnífica interpretação em “Camelot”, mas pelo menos não se excede como Judith Anderson e o francês Jean Gascon. Esplêndida trilha sonora de Leonard Rosenman e magnífico trabalho de Yakima Canutt como diretor de 2.ª unidade. 7/10 




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