Elogiado quando de seu
lançamento pela autenticidade com que mostrava a cultura Sioux, este filme foi
muito criticado pelos movimentos pró-índios por retratá-los como seres extremamente
cruéis. Uma das inverdades que apresenta seria o costume Sioux de abandonar seus
velhos desamparados, deixados para morrer de fome e de frio. E mais ainda o
irreal ritual da cerimônia do ‘voto do sol’ na qual deve o guerreiro provar sua
coragem submetendo-se a bárbara tortura. Por esse castigo passa um aristocrata inglês
que durante uma caçada em terras indígenas é capturado pelos Sioux e tratado
como animal de carga. Consegue ele provar sua coragem e ganha o respeito da
tribo ao liderar os guerreiros atacados pelos índios Pawnees, tornando-se chefe
Sioux. Os índios de “Um Homem Chamado Cavalo” se expressam em Lakota,
antecipando “Dança com Lobos” mas a presença de muitos atores não-índios roubam
a pretensa autenticidade. Richard Harris é o inglês que respeita os nativos e
passa a ser por eles respeitado num tipo de personagem que repetiria diversas
vezes, inclusive nas duas continuações que este western teve. Harris deixa
saudade de sua magnífica interpretação em “Camelot”, mas pelo menos não se
excede como Judith Anderson e o francês Jean Gascon. Esplêndida trilha sonora
de Leonard Rosenman e magnífico trabalho de Yakima Canutt como diretor de 2.ª
unidade. 7/10
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