No final dos anos 50, enquanto
na TV Robert Stack fazia sucesso como o agente federal Eliot Ness, o ‘Filme de
Gângster’ teve um revival com produções modestas. Vários bandidos famosos
tiveram suas vidas filmadas e John Ericson foi ‘Pretty Boy Floyd; Mickey Rooney
foi ‘Baby Face Nelson’; e Al Capone, o mais famoso de todos os gângsteres, foi
vivido por Rod Steiger. Ninguém mais apropriado que Steiger pela grande semelhança
física numa interpretação até hoje insuperável do mafioso, lembrando que vem aí
‘Fonzo’ (2018), nova biografia de Alphonse Capone. “Sou um homem de negócios”,
diz Capone a certa altura deste filme dirigido por Richard Wilson e como um
empreendedor o gângster ítalo-americano organiza o crime em Chicago, aliciando
políticos, policiais e jornalistas. Todos encobrem a violência que Capone
emprega para atingir seus objetivos e sua trajetória mostrada neste filme só
não é perfeita por conter algumas imprecisões biográficas. O roteiro criou para
Capone um romance fictício com uma viúva e quase ignorou a importância da
Receita Federal e do FBI que puseram fim ao império do gângster. A atuação
vigorosa de Rod Steiger, as ótimas sequências de ação como o Massacre do Dia de
São Valentim e ainda a fotografia soberba de Lucien Ballard tudo compensam. Finoriamente
“Al Capone” contrapõe na guerra de gangs ítalos-americanos aos bandidos oriundos
da Irlanda e Polônia. 8/10
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