Estreando em 1953 este
musical com canções de Cole Porter ficou mais de dois anos em cartaz na
Broadway e até que demorou para ser levado ao cinema. Quando isso aconteceu Frank
Sinatra e Shirley MacLaine eram dois dos maiores nomes nas bilheterias norte-americanas
e o sucesso do filme parecia certo. Mas não foi. Custou seis milhões de dólares,
foi lançado como ‘road show’ com 142 minutos de duração e, à época, não agradou
nem ao público e nem à crítica. No final do século XIX, quando a dança ‘can-can’
foi proibida por ser considerada lasciva e atentatória aos bons costumes,
advogados e juízes parisienses se envolvem com a dona de um cabaret (MacLaine)
no qual o can-can é a maior atração. Muitas das canções do musical da Broadway
foram excluídas do filme mas em compensação quatro outras maravilhosas músicas
de Cole Porter foram utilizadas, o que por si só já seria suficiente, ainda
mais cantadas por Sinatra. Mas, além disso, o filme tem também belíssimos
números de dança (a briga dos rufiões é o melhor deles) e alguns bons momentos
de comédia, especialmente as sequências de tribunal. Claro que o final é
forçado, com Sinatra ficando com Shirley MacLaine quando esta deveria terminar
nos braços de Louis Jourdan e o filme é um tanto longo demais, além de MacLaine
e Sinatra não convencerem como parisienses. Mesmo assim vale a pena assistir. 7/10
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