Este filme de Robert Mulligan
é um daqueles dramas nostálgicos que marcou muita gente que, ao assisti-lo, se
lembrou de seus dias de adolescente. Especialmente os rapazes que recordaram da
primeira vez, tão complicada quanto enfrentar o dono da farmácia para comprar o
primeiro preservativo. A trilha sonora de Michel Legrand premiada com o Oscar
embala a fantasia de Hermie (Gary Grimes), jovem de 15 anos que enlouquece ao conhecer Dorothy (Jennifer O’Neill). Esta bela mulher recebe a notícia que seu marido foi morto em
combate na II Grande Guerra e surpreendentemente, nessa mesma noite, acaba
levando o rapazola para a cama. Quando do lançamento do livro e do filme ainda
não havia o surto do politicamente correto e a personagem da recém viúva não
foi acusada de pedofilia, como seria hoje. E é justamente essa incoerente
reação da mulher que compromete a história que descreve com certa delicadeza e
alguma graça os devaneios dos adolescentes. O filme termina com o narrador
(Robert Mulligan) dizendo que naquele verão Hermie tornou-se homem num final pretensamente
‘aberto’ e poético. Jerry Houser ótimo como o jovem mais decidido, enquanto Gary
Grimes está bem como o aturdido rapazinho sortudo. Jennifer O’Neill é tão linda
que seria exigir demais que fosse também boa atriz. Dois anos depois deste
filme George Lucas realizaria o melhor dos filmes sobre adolescentes. 6/10
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