Realizar, em sua primeira
experiência como diretor, um filme como “Dança com Lobos” foi um ato de
inacreditável coragem e audácia de Kevin Costner. Durante os quatro meses de
filmagem muitos ironicamente chamavam o filme de ‘Kevin’s Gate’ numa referência
ao fracassado “Heaven’s Gate” de Michael Cimino. Isto porque tudo parecia
indicar que um western contando a história de um oficial que passa a viver
entre os índios ainda durante a Guerra de Secessão jamais atrairia o público. Porém
nem a mais otimista das previsões poderia imaginar que “Dança com Lobos”
receberia sete prêmios Oscar, inclusive os de Melhor Filme e Melhor Diretor e
menos ainda que se tornasse enorme sucesso de bilheteria. Kostner é o tenente John
Dunbar que se torna amigo de uma tribo Sioux e se casa com uma mulher branca
que vive entre os índios desde pequena. Protetor dos Siouxes que se tornaram
parte de sua vida, Dunbar é considerado traidor pelo Exército cujos soldados
são mostrados como homens da pior espécie em contraste com os idealizados
índios. Maravilhosas cinematografia e música (ambas premiadas com Oscars) ressaltam
o encantamento que Kostner conseguiu num filme que, mesmo sem ser perfeito,
envolve o espectador que não se dá conta das mais de três horas de duração. 9/10
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