Não fosse chamado de ‘Cinema
Novo’, este movimento bem poderia ser denominado ‘Cinema do Oba-Oba’. Com uma
ideia nem sempre boa na cabeça, uma câmera na mão, alguns poucos atores e
muitos amigos e... vamos fazer um filme. Rubens Fonseca havia iniciado sua
brilhante trajetória como contista e escritor e ‘Lúcia McCartney’ era um de
seus contos mais conhecidos. Foi esse conto que David Neves decidiu filmar com
roteiro do próprio autor. Lúcia McCartney (Adriana Prieto) é uma garota de
programa que, ao som de canções dos Beatles conhece um industrial paulista por quem
se apaixona loucamente. Ele a deixa e o conto é emendado com outro chamado ‘A
História de F.A.’ no qual um advogado (Paulo Villaça) resgata uma prostituta a
pedido de um diplomata. O problema é que nada funciona na história confusa e
insossa. Para ajudar Albino Pinheiro, que foi muita coisa na vida, menos ator,
e inúmeros convidados com participações inoportunas completam o filme que não
perde uma sequência sequer para lembrar que o diretor é fã de Jean-Luc Godard. Adriana
Prieto, falecida aos 24 anos é bonitinha e só e Paulo Villaça é a melhor coisa
da película, ainda que repetindo o tipo característico de cafajeste que sempre
levou à tela. A cena de luta é risível e tampe ou ouvidos para partes da trilha
musical. 3/10
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