Stanley Donen, dos memoráveis
musicais da MGM, dirigiu esta comédia que mostra dez anos da vida de um casal
norte-americano. O tempo todo na estrada, desde o primeiro encontro, o
arquiteto Mark (Albert Finney) e Joanna (Audrey Hepburn) passam de caronas ao
primeiro simples automóvel até ascender socialmente e viajarem pela Europa numa
reluzente Mercedes-Benz. Intermináveis flash-backs confundem um pouco o
espectador na nada linear narrativa contando como a relação entre Mark e Joanna
se deteriora ao ponto de ambos cometerem adultério. Finney não é engraçado e
Audrey, ainda que não seja uma comediante, carrega o filme esplendidamente e
com elegância, desta vez vestida pelos exagerados estilistas favoritos da época
(Mary Quant e Paco Rabane). Aqueles que poderiam ser os momentos mais divertidos,
quando Mark e Joana viajam com um típico casal norte-americano com sua
irritante filhinha, transformam-se em uma grotesca caricatura. Porém as
dificuldades passadas por Mark e Joanna a bordo do simpático MG verde são
saborosos. Audrey desta vez tem um partner mais jovem que ela (Finney 30 anos,
ela 37) e entre os coadjuvantes estão Claude Dauphin, Nadia Gray e Jacqueline
Bisset em seu primeiro filme. Este luminoso e colorido ‘road movie’ tem a música
eficiente mas menos inspirada de Henry Mancini e termina com o casal se
tratando por ‘bitch’ e ‘bastard’. 7/10
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