sexta-feira, 9 de março de 2018

O TESOURO DE SIERRA MADRE (The Treasure of the Sierra Madre), 1948


Os encontros entre John Huston e Humphrey Bogart invariavelmente resultavam em grandes filmes e, no caso desta aventura em busca de ouro nas montanhas mexicanas, o cinema ganhou uma obra-prima. Bogart, que nas telas nunca foi exatamente um modelo de herói com os tipos cínicos que interpretava, vive um personagem dominado pela cobiça que é levado à loucura numa interpretação magistral que, claro, não agradou ao público que preferia vê-lo como Rick Blaine ou Sam Spade. Bogart é um vagabundo norte-americano que perambula pelo México e que se une a um velho falastrão (Walter Huston) e um jovem (Tim Holt) formando uma expedição que é parcialmente bem sucedida. Huston que não gostava de psicologismos em seus filmes faz de “O Tesouro de Sierra Madre” uma excepcional análise psicológica do personagem principal mostrando que a paranoia é o ponto final da cupidez. Baseado no romance do misterioso autor b. Traven, Huston, que também escreveu o roteiro, realizou um filme em que a tensão aumenta a cada minuto com ótima fotografia em preto e branco. Max Steiner com sua música intrusiva tenta estragar o filme de Huston que ganhou prêmios Oscar de Direção e Roteiro, bem como seu pai Walter Huston (Ator Coadjuvante). Excelentes Tim Holt e Bruce Bennett e Alfonso Bedoya inesquecível. 10/10





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