No início dos anos 50 a
ficção-científica tomou de assalto as telas dos cinemas com um grande número de
produções ‘B’, quase todas chamadas ‘Second Feature’. Era esse tipo de filme
destinado a complementar programas duplos e um deles, “A Guerra dos Mundos”, de
Byron Haskin, tornou-se um clássico do gênero. Com roteiro baseado no livro de
H.G. Wells, que Orson Welles também aproveitou para aterrorizar os Estados
Unidos em 1938 com seu programa de rádio, a Paramount caprichou na produção
quanto aos efeitos especiais (Oscar) e som. Los Angeles é o primeiro alvo da
invasão de marcianos que chegam à Terra em meteoros e são aparentemente
inexpugnáveis às armas dos terráqueos. Gene Barry é o cientista que enfrenta um
marciano quase num corpo a corpo e que em meio à invasão que se espalha pelo
resto do mundo encontra tempo para namorar Ann Robinson. Esta sci-fi realizada
em tempo de guerra fria tem, como não poderia deixar de ser, um viés político e
demonstra o medo dos norte-americanos ante o poderio comunista. Um final piegas
compromete a trama que é desenvolvida com bom ritmo por Haskin, um homem que
fez de tudo no cinema. O ainda desconhecido Gene Barry exibe sua canastrice que
renderia muito melhor como Bat Masterson. 7/10
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