Filmes de tribunais existem
muitos, mas nenhum tão engraçadamente mordaz quanto “A Costela de Adão”. Esta inteligente
comédia trata de assunto sério que pelas mãos de Ruth Gordon-Garson Kanin se
torna hilariante, mais ainda porque reúne o casal de atores que melhor que
ninguém expôs na tela as batalhas do sexo de variados modos. No pós-guerra pode-se
dizer que o feminismo engatinhava timidamente e George Cukor deu uma monumental
contribuição para o avanço dos direitos da mulher com este filme bem sucedido
comercial e artisticamente. E nem poderia ser diferente com um elenco que reúne
Kate-Tracy coadjuvados por Judy Holliday, Jean Hagen e Tom Ewell num triângulo
amoroso que termina em atrapalhada tentativa de assassinato pela enciumada
esposa. Tracy é o promotor que deve condenar Judy e Hepburn é a advogada que
quer que a Lei veja homens e mulheres do mesmo modo, direitos iguais. O
espectador fica em dúvida se Kate e Spencer estão atuando ou vivendo o
inusitado dia-a-dia do romance que viveram por décadas, tão perfeitos eles são.
E ela ainda muito bonita. David Wayne excessivo parodiando Cole Porter de quem
se ouve no filme “Farewell, Amanda”. 10/10
Nenhum comentário:
Postar um comentário