quarta-feira, 30 de agosto de 2017

A COSTELA DE ADÃO (Adam's Rib), 1949


Filmes de tribunais existem muitos, mas nenhum tão engraçadamente mordaz quanto “A Costela de Adão”. Esta inteligente comédia trata de assunto sério que pelas mãos de Ruth Gordon-Garson Kanin se torna hilariante, mais ainda porque reúne o casal de atores que melhor que ninguém expôs na tela as batalhas do sexo de variados modos. No pós-guerra pode-se dizer que o feminismo engatinhava timidamente e George Cukor deu uma monumental contribuição para o avanço dos direitos da mulher com este filme bem sucedido comercial e artisticamente. E nem poderia ser diferente com um elenco que reúne Kate-Tracy coadjuvados por Judy Holliday, Jean Hagen e Tom Ewell num triângulo amoroso que termina em atrapalhada tentativa de assassinato pela enciumada esposa. Tracy é o promotor que deve condenar Judy e Hepburn é a advogada que quer que a Lei veja homens e mulheres do mesmo modo, direitos iguais. O espectador fica em dúvida se Kate e Spencer estão atuando ou vivendo o inusitado dia-a-dia do romance que viveram por décadas, tão perfeitos eles são. E ela ainda muito bonita. David Wayne excessivo parodiando Cole Porter de quem se ouve no filme “Farewell, Amanda”. 10/10 





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