sexta-feira, 28 de abril de 2017

PUNHOS DE CAMPEÃO (The Set-Up), 1949


Com “Touro Indomável” Martin Scorsese afirmou que tentou chegar perto do excepcional “Punhos de Campeão” que Robert Wise filmou em 1949. Produzido com orçamento insignificante na RKO, o filme de Wise transcorre em tempo real com duração de 72 minutos, algo que mais tarde seria imitado no western “Matar ou Morrer”. Mas não é essa inovação que faz de “Punhos de Campeão” o extraordinário filme que é e sim ter levado à tela de forma vigorosa e pungente o drama angustiante de um pugilista vítima da máfia que nunca deixou de estar por trás desse ‘esporte’. Apelidado de Nobre Arte, o boxe é exposto por Wise em toda sua selvageria dentro do ringue enquanto na plateia os fanáticos por esse tipo de combate se comportam insanamente na incitação dos infelizes que se defrontam. Apesar da repulsa causada pelo embate entre o veterano pugilista (Robert Ryan) e o jovem contendor (Hal Baylor) o filme envolve e emociona o espectador como se este estivesse presente ao alvoroçado ginásio. Não informado da armação (set-up), Ryan se dispõe a vencer e sua vitória se transforma em tragédia que muda sua vida. Esse admirável ator de tantos memoráveis desempenhos disse que esse é seu filme e atuação preferidos. Robert Wise voltaria ao boxe com “Marcado pela Sarjeta”, mas brilho igual ao de “Punhos de Campeão” só mesmo 30 anos depois com “Touro Indomável” do atento Scorsese. 10/10





Direção: Robert wise / Elenco: Robert Ryan - Audrey Totter - Alan Baxter - George Tobias - Percy Helton - Wallace Ford - Hal Baylor - Lynn Millan - David Clarke - James Edwards - Darryl Hickman - Edwin Max - David Fresco - Bobby Henshaw - Paul Dubov - Frank Richards - Phillip Pine - John Butler - Archie Leonard - Dwight Martin - Bernard Gorcey - Tommy Noonan.

terça-feira, 25 de abril de 2017

A VOLTA DE FRANK JAMES (The Return of Frank James), 1940


Depois do sucesso de “Jesse James” era inevitável que a Fox produzisse uma espécie de continuação contando o que teria acontecido com Frank James, o irmão do mais famoso bandido do Velho Oeste. Henry Fonda estava ali (sob contrato) à disposição, bem como boa parte do elenco do western estrelado por Tyrone Power. Ao vienense Fritz Lang coube a tarefa de filmar o roteiro de Sam Hellman que, como havia ocorrido em “Jesse James”, praticamente nenhuma relação tinha com a história dos irmãos bandidos que aterrorizaram o Missouri. Ironicamente, uma das melhores sequências desta continuação é a encenação teatral em que Robert e Charles Ford são heróis salvando uma moça da sanha dos irmãos James. Frank James (Henry Fonda) consegue participar de três situações que terminam em morte sem matar ninguém pois é um personagem incrivelmente virtuoso que sequer namora a jovem jornalista interpretada pela bela Gene Tierney apaixonada por ele. O duelo final entre Frank e Bob Ford é decepcionante e a esperada vingança não se concretiza. Fonda atuou visivelmente contrariado e seu estilo tranquilo conflita com os excessos dos coadjuvantes neste western assinado pelo grande diretor de “M, o Vampiro de Dusseldorf”. - 5/10






Direção: Fritz Lang / Elenco: Henry Fonda - Gene Tierney - Jackie Cooper - Donald Meek - Henry Hull - John Carradine - Ernest Whitman - J. Edward Bromberg - George Barbier - Lloyd Corrigan - Russell Hicks - Frank Shannon - George Chandler - Edward McWade - Tyrone Power - Charles Tannen - Victor Kilian - Louis Mason - Edmund Elton - William Pawley - Barbara Pepper - Eddie Collins

segunda-feira, 24 de abril de 2017

O MENSAGEIRO DO DIABO (The Night of the Hunter), 1955


Charles Laughton ligou para Robert Mitchum e lhe disse que o escolhera para desempenhar um perverso e desprezível personagem num filme que iria dirigir. Bob respondeu laconicamente: “Present”. Mal sabia ele que o fanático pastor evangélico itinerante que viria a interpretar era um psicopata assassino de viúvas das quais roubava as economias e que esse personagem, com as palavras ‘Love’ e ‘Hate’ tatuadas nos metacarpos, definitivamente marcaria sua carreira. Menos ainda Mitchum poderia suspeitar que Laughton, que nunca havia dirigido antes, realizaria um dos mais fascinantes e indecifráveis filmes do cinema. Laughton confessou ter tido a inspiração cênica assistindo aos clássicos de D.W. Griffith, dando liberdade ao cinegrafista Stanley Cortez de criar uma fotografia expressionista lembrando o cinema alemão dos anos 20 e 30. O resultado foi uma atmosfera única e aterrorizante numa parábola entre o mal e o bem, este representado pela doce figura de Lillian Gish que protege as crianças perseguidas pelo pastor. Antológica a sequência da noite de núpcias entre Mitchum e Shelley Winters e nem mesmo o final inadequado tira o brilho desta obra-prima. 10/10





Direção: Charles Laughton / Elenco: Robert Mitchum - Shelley Winters - Lillian Gish - Peter Graves - Billy Chapin - Sally Jane Bruce - James Gleason - Mary Ellen Clemons - Don Beddoe - Evelyn Varden - Gloria Castillo - Paul Bryar - Cheryl Callaway - Kay Lavelle - Gloria Pall - Corey Allen - Michael Chapin

quarta-feira, 19 de abril de 2017

MOSCOU CONTRA 007 (From Russia with Love), 1963


“O Satânico Dr. No”, primeiro filme com o agente secreto criado por Ian Fleming foi um relativo êxito, o que encorajou os produtores a uma nova aventura de James Bond. John Kennedy havia dito que “From Russia with Love” era um de seus livros preferidos e a escolha recaiu sobre essa história escrita em 1957 por Fleming. O custo da nova aventura foi de dois milhões de dólares e “Moscou Contra 007” rendeu perto de cem milhões de dólares, sucesso estrondoso que criou um novo gênero cinematográfico, o ‘filme de agente secreto’. Só em 1966 foram produzidas 22 aventuras com imitações de James Bond. “Moscou Contra 007” é um clássico entre os filmes do mais famoso agente secreto do cinema com Sean Connery ‘assumindo’ o personagem cínico e conquistador. Além das excelentes sequências de ação, a principal delas a luta no Orient Express, há os dois vilões inesquecíveis: Lotte Lenya, ex-KGB que passou para a Spectre e que tem a missão de se apoderar da máquina decodificadora Lektor; e Robert Shaw que foi escalado pela Spectre para vingar o Dr. No, morto por Bond. Nesta aventura Bond ainda não tem um supercarro, mas usa pela primeira vez sua maleta 007. Espetacular a trilha musical de John Barry e ao final ouve-se a canção-tema interpretada por Matt Monro. 8/10






Diretor: Terence Young / Elenco: Sean Connery - Lotte Lenya - Robert Shaw - Pedro Armendáriz - Daniele Bianchi - Lois maxwell - Walter Gotell - Hasan Ceylan - Vladek Sheybal - Peter Bayliss - Fred Haggerty - Bernard Lee - Francis De Wolff - Maria Andipa - Neville Jason - Desmond Llewelyn - Martine Beswick - Lisa Giraut - Eunice Gayson - Jan Williams - Nadja Regin - Anthony Dawson (N.º 1)

terça-feira, 18 de abril de 2017

O HOMEM DO SPUTNIK, 1959


A partir do incrível roteiro de Cajado Filho, Carlos Manga realizou esta que é uma das melhores comédias nacionais, também chamada de ‘chanchada’. Cai no galinheiro do simplório Anastácio Fortuna aquilo que seria o satélite soviético ‘Sputnik’, pretexto para Cajado Filho satirizar deliciosamente a Guerra Fria. Russos, norte-americanos e franceses são ridicularizados impiedosamente e Manga se aproveita para fazer citações ao melhor do cinema norte-americano como a abertura lembrando “Cidadão Kane”, o trio russo de “Ninotchka” e a excepcional sequência noturna em que Cyll Farney escapa dos espiões da USA (e abusa), digna dos grandes policiais de Hollywood. Claro que sobra também para nossos políticos e para o laborioso e incorruptível funcionalismo público. Oscarito leva seu insuperável talento de um casebre para o suntuoso Copacabana Palace onde ocorre o antológico encontro com a ‘Bebê’ criada pela escultural Norma Bengell. Sem Grande Othelo, Oscarito tem a companhia de Zezé Macedo enquanto Hamilton Ferreira é o mais engraçado dos espiões, com Jô Soares (ainda como Joe aos 20 anos de idade) não conseguindo arrancar sequer um sorriso do espectador. Excepcional trilha musical de Radamés Gnatalli completa esta comédia clássica do nosso cinema que contraria o postulado que ‘chanchada não tem pé nem cabeça’. 8/10






Direção: Carlos Manga / Elenco: Oscarito - Zezé Macedo - Norma Bengell - Cyll Farney - Neide Aparecida - Jô Soares - Hamilton Ferreira - Alberto Pérez - Hilton Gomes - Heloísa Helena - Fregolente - Nestor de Montemar - Grijó Sobrinho - César Viola - Ernesto Braga - Abel Pêra - Tutuca - Labanca.

domingo, 16 de abril de 2017

TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO (Witness for the Prosecution), 1957


Billy Wilder é um dos diretores com uma das mais admiráveis obras cinematográficas percorrendo com brilho incomum gêneros diversos. Pessoalmente Billy era um brincalhão e uma de suas grandes piadas foi ter feito este que é o melhor filme de Alfred Hitchcock não dirigido por Hitch. “Testemunha de Acusação” é um dos grandes filmes de tribunal fugindo do padrão pesado dessas películas pois o que não falta neste drama são os deliciosos momentos em que Charles Laughton engana e escarnece de sua enfermeira Elsa Lanchester (sua esposa na vida real). Baseado em peça teatral escrita por Agatha Christie, Wilder desenvolve a magnífica trama que joga com a certeza do espectador que, pelas muitas evidências, acredita ser Tyrone Power o assassino. O espirituoso diretor escolheu para vítima do assassinato a atriz Norma Varden, quase sósia de... Agatha Christie. Charles Laughton como o advogado tem estupendo desempenho, ele que parece se superar a cada filme e Marlene Dietrich aos 56 anos de idade está linda e fascinante secundando o grande Laughton. Nem mesmo a solução um tanto forçada da informante que muda o julgamento tira a perfeição de mais este primoroso trabalho de Billy Wilder. 9/10






Direção: Billy Wilder / Elenco: Charles Laughton - Marlene Dietrich - Tyrone Power - Elsa Lanchester - Norma Varden - Una O'Connor - Ruta Lee - Torin Thatcher - Henry Daniell - Francis Compton - Ian Wolfe - John Williams - Colin Kenny - Philip Tonge - Marjorie Eaton - Norbert Schiller - Jack Raine

domingo, 9 de abril de 2017

REGIÃO DO ÓDIO (The Far Country), 1954


Anthony Mann e James Stewart formaram uma das mais profícuas parcerias ator-diretor de Hollywood, com destaque para os cinco westerns que filmaram juntos. Cada cinéfilo tem o seu faroeste preferido nessa magnífica quina e raramente “Região do Ódio” é citado como o melhor entre os cinco justamente por ser inferior aos demais. O que não significa que não seja um bom western pois brilharia na filmografia de qualquer diretor do gênero. A história nada original conta como o cowboy James Stewart tem que enfrentar o poderoso John McIntire ao procurar se estabelecer numa região próxima à fronteira com o Canadá. Nos westerns de Anthony Mann os cenários naturais são tão importantes quanto os atores e desta vez são as rochosas canadenses o palco da aventura belissimamente fotografada. Stewart não é um cowboy solitário pois tem como companheiro Walter Brennan para enfrentar McIntire, um dos mais sórdidos vilões dos faroestes. Em compensação Stewart é disputado por duas belas mulheres, a sedutora Ruth Roman e Corinne Calvet. Robert J. Wilke é o amedrontador pistoleiro contratado para intimidar o herói, num elenco que tem ainda Jack Elam, Jay C. Flippen e muitos outros característicos. 8/10





Direção: Anthony Mann / Elenco: James Stewart - Walter Brennan - John McIntire - Robert J. Wilke -Jack Elam - Ruth Roman - Corinne Calvet - Jay C. Flippen - Chubby Johnson - Harry Morgan - Steve Brodie - Royal Dano - Eddy Waller - Paul Bryar - Connie Gilchrist - Kathleen Freeman - Connie Van - John Doucette - Chuck Roberson - Don C. Harvey - Terry Frost - Guy Wilkerson - Eugene Borden

sexta-feira, 7 de abril de 2017

ACORRENTADOS (The Defiant Ones), 1958


Stanley Kramer era conhecido como o homem dos filmes-mensagens porque, seja como produtor ou como diretor, tinha sempre a preocupação de abordar temas polêmicos. “O Selvagem” (juventude rebelde), “Matar ou Morrer” (macarthismo), “A Hora Final” (apocalipse atômico), “O Vento Será sua Herança” (darwinismo) são alguns dos filmes com a marca inconfundível de Stanley Kramer. Corajoso para alguns e oportunista para outros, com “Acorrentados” Kramer levou à tela uma inusitada reflexão sobre o racismo antes do início das marchas pelos direitos civis nos EUA. Sidney Poitier e Tony Curtis são dois prisioneiros que conseguem escapar acorrentados um ao outro e durante a fuga se manifesta, como não poderia deixar de ser, o racismo recíproco. Atados pelo grilhão de aço aprendem a se respeitar e nasce entre os dois o sentimento de amizade até então improvável, numa alegoria que causou grande impacto como queria Kramer. “Acorrentados” é um filme imperfeito que foi indicado em inesperadas nove categorias para o Oscar. O fraco roteiro e a fotografia em preto e branco foram premiados pela Academia. Sidney Poitier com excelente atuação domina o filme e Tony Curtis se esforça para superar suas limitações como ator dramático. 7/10






Direção: Stanley Kramer. Elenco: Sidney Poitier – Tony Curtis – Charles McGraw – Theodore Bikel – Cara Williams – Lon Chaney Jr. – King Donovan – Carl ‘Alfafa’ Switzer – Claude Akins – Kevin Coughlin – Harold Jacob Smith – Nedrick Young – Lawrence Dobkin – Boyd ‘Red’ Morgan – Whit Bissell 

quarta-feira, 5 de abril de 2017

FÉRIAS DE AMOR (Picnic), 1955


Bem antes de “A Caldeira do Diabo” este filme de Joshua Logan já mostrava que por trás da aparência tranquila de uma cidade do interior o que não faltava eram pessoas problemáticas. Especialmente as mulheres que sofriam por razões diversas e a chegada de um ‘jovem’ a uma cidadezinha do Kansas fez aflorar os transtornos represados. Tudo acontece durante as 24 horas de um feriado comemorado com o tradicional piquenique, tempo suficiente para William Holden roubar Kim Novak de seu noivo Cliff Robertson. A peça “Picnic” de William Inge fez sucesso na Broadway em 1953 e tinha no elenco o estreante Paul Newman. Levada ao cinema o personagem do ‘jovem’ ficou para William Holden que aos 38 anos está velho demais num papel que só poderia ser de Newman. A famosa sequência de dança entre Holden e Kim Novak ao som de “Monglow” deu imenso trabalho para ser filmada porque nenhum dos dois sabia dançar, o que se percebe claramente. A linda Kim Novak comprova que seu talento é diametralmente oposto à sua beleza, mas para compensar há Susan Strasberg, Betty Field e Rosalind Russell em magníficos desempenhos. “Férias de Amor” fez muito sucesso e “Moonglow” embalou sabe-se lá quantos milhões de pares tão românticos como Kim e Holden no filme. 7/10
  





Direção: Joshua Logan – Elenco: William Holden – Kim Novak – Betty Field – Susan Strasberg – Arthur O’Connell – Rosalind Russell – Cliff Robertson – Verna Felton – Nick Adams – Phyllis Newman – Reta Shaw – Elizabeth Wilson – Raymond Bailey – Don C. Harvey – Steve Benton – Henry Pagueo – Abraham Weinlood

terça-feira, 4 de abril de 2017

OS CAFAJESTES, 1962


Celebrado por conter o pioneiro nu frontal do cinema brasileiro, este filme do moçambicano Ruy Guerra foi um dos precursores do movimento renovador denominado Cinema Novo. Fortemente influenciado pela Nouvelle Vague, Ruy Guerra não se fez de rogado e recheou este seu primeiro filme com a dinâmica câmara (na mão, claro), composição de imagens e situações que em tudo remetem a Godard, Chabrol e Truffaut em seus trabalhos iniciais. E a inspiração para narrar a longa jornada de loucuras de dois jovens boas-vidas certamente veio de Mauro Bolognini e Federico Fellini. Para completar não poderiam faltar os cansativos diálogos sobre a alienação dos personagens principais ou os prolongados silêncios à moda de Antonioni. À magnífica fotografia de Toni Rabatoni nas sequências noturnas some-se a boa interpretação de Jece Valadão que melhor que ninguém vivia um ser desprezível, o bem acabado cafajeste do nosso cinema. Daniel Filho não fazia suspeitar o ótimo ator que se tornaria anos depois. Raro sucesso de público do Cinema Novo deve-se sem dúvida à exposição da nudez de Norma Bengell maravilhosamente fotografada numa sequência que ficaria muito melhor se reduzida à metade para não perder a força como aconteceu. 6/10






Direção: Ruy Guerra / Elenco: Jece Valadão - Norma Bengell - Daniel Filho - Glauce Rocha - Lucy de Carvalho - Hugo Carvana - Aline Silva - Germana de Lamare - Fátima Somer

segunda-feira, 3 de abril de 2017

BEAU GESTE, 1939


O ano de ouro do cinema de 1939 teve entre os muitos grandes filmes três aventuras inesquecíveis que foram “As Quatro Penas Brancas”, “Gunga Din” e “Beau Geste”. Baseado em romance de P.C. Wren, autor ex-soldado da Legião Estrangeira, “Beau Geste” foi levado ao cinema inúmeras vezes mas o filme dirigido por William A. Wellman é considerado clássico entre as diversas versões. Uma trama de mistério sobre o desaparecimento de uma valiosa safira serve de pretexto para que três irmãos – Beau, Digby e John – se alistem na Legião Estrangeira onde o maior inimigo não são os tuaregs montados em seus cavalos negros. A crueldade do Sargento Markoff é que mais desperta nos irmãos legionários a vontade de sobreviver sem perder a dignidade e permanecer unidos. As espetaculares sequências de defesa do Forte Zinderneuf, no Sahara são o ponto alto desta aventura em que Gary Cooper (Beau) tem participação apagada parecendo ter percebido que Brian Donlevy (Sargento Markoff) lhe roubaria o filme. O numeroso elenco tem ainda Ray Milland e Robert Preston como os outros irmãos Geste, além de Broderick Crawford e Donald O’Connor como Beau na infância. Decepção para os fãs de Susan Hayward pois ela pouco aparece e sempre atrás de um piano. Diversão de alto nível. 8/10





Direção: William A. Wellman / Elenco: Gary Cooper - Ray Milland - Robert Preston - Susan Hayward - Brian Donlevy - Heather Thatcher - James Stephenson - J. Carrol Naish - Broderick Crawford - Albert Dekker - Stanley Andrews - Harold Bubber - Henry Brandon - Harvey Stephens - James Burke - Charles Barton - Donald O'Connor - Martin Spellman - Ann Gillis - Billy Cook - David Holt - Frank McDonald - Arthur Aylesworth - G.P. Huntley - Frank Dawson - Harry Woods - Bob Kortman