Quando Ethan Edwards elevou a frágil e assustada sobrinha
acima de sua cabeça e abraçando-a lhe disse “Let’s
go home, Debbie”, estava o cinema sendo elevado a um momento maior de
grandeza e poesia. Porém, ao longo das duas horas deste faroeste, o autor da
frase e do delicado gesto foi mostrado como o mais sombrio e amedrontador
personagem principal que um western jamais exibira ou exibiria. De forma
devastadora John Ford rompeu com os arquétipos de heróis que o gênero criara e
apresentou um homem não só rude e corajoso, mas e principalmente neurótico,
preconceituoso e por fim paradoxal no seu comportamento. Excepcional cinematografia
de Winton C. Hoch, excelente trilha musical de Max Steiner com o tema principal
de Stan Jones executado pelo Sons of Pioneers e a Ford Stock Company em sua
melhor forma. Senão o melhor filme já feito, um dos melhores de todos os
tempos, conforme atestam inúmeras enquetes, entre elas as decenais da revista
inglesa “Sight & Sound”. A parceria Ford-Wayne que resultou em tantos
brilhantes filmes atingiu com “Rastros de Ódio” seu ponto mais alto,
inquestionável verdadeira obra de arte cinematográfica. 10/10 - Resenha completa no blog http://westerncinemania.blogspot.com.br/
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