Populista, idealista ou
demagogo, Frank Capra pode ser adjetivado de muitos modos por seus filmes, especialmente
por “Do Mundo Nada se Leva”. Porém dificilmente o mais radical de seus críticos
deixará de rir com esta comédia que se passa em sua maior parte numa casa
pertencente a uma excêntrica família cujo patriarca tem por lema “Nada material
tem valor na vida”. Condena ele todo tipo de ‘ismos’ como comunismo, fascismo,
esquecendo-se de anarquismo. O estilo de vida de Martin Vanderhoff (Lionel
Barrymore), que há décadas se empenha em fazer amigos, conflita com a ganância
de Anthony P. Kirby (Edward Arnold) que, ao contrário dedicou sua existência a
aumentar a fortuna herdada. Em meio a hilariantes confusões desfilam tipos tão bizarros
quanto engraçados, sendo o mais divertido deles o professor de dança russo
(Mischa Auer) que tem como aluna a já deliciosa Ann Miller aos 15 anos de idade.
Estréia no cinema de Dub Taylor num filme dominado por Barrymore e Arnold e com
James Stewart parecidíssimo com Stan Laurel. “Do Mundo Nada se Leva” recebeu o
Oscar de Melhor Filme e Capra o de Melhor Diretor (seu terceiro e último
Oscar). Datado em seu conteúdo social, as risadas são garantidas, assim como o
sentimentalismo infalível de Capra. 8/10
Diretor:
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