A Nouvelle Vague
surpreendeu o mundo não só pelo estilo de filmar mas também pela abordagem de
temas incomuns ao cinema. François Truffaut, um dos expoentes do movimento,
levou às telas em seu terceiro filme um triângulo amoroso delicado, alegre,
provocante e afinal doloroso. Jules e Jim são os amigos que se apaixonam pela radiante
Catherine, mulher que os domina com sua irresistível personalidade fazendo com
que os dois homens aceitem suas pequenas loucuras e previsíveis traições. Jeanne
Moreau como a frívola Catherine é, tanto quanto o próprio Truffaut, responsável
por tornar “Jules e Jim” uma história com inegável encanto. “Catherine não é
uma mulher especialmente bonita” diz um dos personagens, e nem precisava ser
linda pois com seu magnetismo e poder de sedução domina todo o filme. É Jeanne Moreau
mais sedutora que nunca mesmo não sendo especialmente bonita. Exemplar na renovação
da linguagem cinematográfica que mudaria a forma de se fazer filmes, “Jules e
Jim” não chega a ser uma obra-prima justamente porque o ritmo apressado, cortes
bruscos, pouca clareza de situações e um final tragicamente equivocado rouba
parte do lirismo que Truffaut buscou atingir. 7/10
Direção: François Truffaut / Elenco: Jeanne Moreau - Oskar Werner - Henry Serre - Marie Dubois - Serge Rezvani - Vanna Urbino - Sabine Haudepin - Daniele Bassiak - Elen Bober - Michel Subor (narrador) - Jean-Louis Ruchard
Direção: François Truffaut / Elenco: Jeanne Moreau - Oskar Werner - Henry Serre - Marie Dubois - Serge Rezvani - Vanna Urbino - Sabine Haudepin - Daniele Bassiak - Elen Bober - Michel Subor (narrador) - Jean-Louis Ruchard