terça-feira, 31 de março de 2020

A MORTA-VIVA (I Walked with a Zombie), 1943


Produzido por Val Lewton para a série ‘horror’ da RKO esta película é uma das obras-primas do ‘filme B’. O que caracteriza um ‘filme B’ é o seu pequeno orçamento e limites artísticos, mas alguns diretores, como o caso de Jacques Tourneur que dirigiu “A Morta-Viva” conseguem, mesmo assim, realizar trabalhos que se tornam marcos cinematográficos, como este. Betsy Connell (Frances Dee) é uma enfermeira contratada para tratar de Jessica Holland (Christine Gordon) que vive doente em San Sebastian, nas Antilhas. Lá descobre que o estado de saúde de Jessica foi provocado por feitiçaria (vudu) praticado como vingança, transformando-a em um zumbi. A responsável pelo vudu foi a sogra de Jessica. Esgotados os recursos médicos, Betsy acredita que um trabalho de feitiçaria possa fazer Jessica voltar à vida. O intrincado conflito familiar é explicado em um calipso ‘Shame and Sorrow in the Family’ (sucesso nos anos 60 como ‘Vergonha e Escândalo na Família’) que Betsy escuta e que afinal leva o cunhado a consumar a tragédia. Tudo ao som de tambores e excepcional fotografia que cria uma atmosfera de horror a este filme que magicamente faz com que a trama se torne verossímil. Tom Conway e James Ellison são os dois meio-irmãos que se confrontam para desgosto (e vingança) da mãe nesta história adaptada de ‘Jane Eyre’. O filme, infelizmente, costuma espantar espectadores que evitam o gênero. 10/10



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