Primeira produção da PAM,
produtora de Amácio Mazzaropi, desta vez contando as aventuras do caipira
Zacarias (Mazzaropi) dirigindo um carro de praça pelas ruas de São Paulo. Zacarias
(a quem chamam ‘por caria’) sai de sua cidadezinha com a esposa Augusta (Geny
Prado) para ficar mais perto do filho Raul (Celso Faria) e ajudá-lo a concluir
o curso de Medicina. Mas Raul é um filho ingrato e se envergonha da pouca
instrução, modos rudes e pobreza do pai, a quem explora tanto quanto a vontade
de ignorá-lo. A direção de Milton Amaral conduz bem o roteiro escrito por
Mazzaropi nesta comédia com tons dramáticos em que os melhores momentos, como
não poderia deixar de ser, são as confusões que Zacarias se envolve no trânsito
ainda tranquilo de São Paulo e com a vizinhança da vila onde mora. Mazzaropi
sabia como poucos retratar as pessoas humildes e o local onde Zacarias foi
morar é palco de saborosos momentos com o gentio que fica mais à janela de suas
casas vigiando as vidas alheias que fazendo suas obrigações. Este é um dos
melhores filmes de Mazzaropi e, embora os créditos digam ter sido filmado nos
estúdios da Vera Cruz, tem como cenário a São Paulo daquele fim de década e que
em seguida passaria por brutais transformações físicas e sociais. Mazzaropi
brilha como dono do filme que é. Números musicais com Agnaldo Rayol, Lana
Bitencourt e Mazzaropi ao lado do compositor Elpídio dos Santos. 8/10
amei
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