sexta-feira, 6 de abril de 2018

AMOR, SUBLIME AMOR (West Side Story), 1961


O que faz este filme ser extraordinário é ser ele um musical que inovadoramente conta uma história de amor tendo como pano de fundo uma questão social abordada com realismo, ainda que cantada e dançada em seus principais momentos. ‘Romeu e Julieta’ transposto para as ruas do então decadente West Side de Nova York, onde a gang dos jovens norte-americanos se defronta coma dos imigrantes portorriquenhos. A tragédia acontece após Maria (Natalie Wood) se apaixonar por Tony (Richard Beymer), com os magníficos números musicais coreografados e dirigidos por Jerome Robbins e as demais sequências soberbamente a cargo de Robert Wise. Se as canções de Leonard Bernstein são um primor de criatividade, o libretto de Stephen Sondheim completam admiravelmente as músicas do maestro-compositor. Entre tantas canções que se tornaram sucesso estão as radiantes “América” e “Gee, Officer Krupke!”, cortantes em suas ironias e a maravilhosa "Somewhere". “West Side Story” limpou a mesa de Oscars e foi o musical de maior êxito comercial (ficou um ano em cartaz num cinema de Paris) até ser ultrapassado por “A Noviça Rebelde”, do mesmo Robert Wise. Rita Moreno inesquecível é o grande destaque do elenco e Natalie Wood (dublada por Marni Nixon) tem ótima atuação. O limitado Richard Beymer até que se sai bem sem brilhar como George Chakiris e Russ Tamblyn. Obra-prima absoluta. 10/10





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